Desde a pré-história que o homem sente necessidade de se expressar no seu meio e as
inscrições ou desenhos em rochas, muros e paredes são usados com vários significados
e objectivos desde há muito tempo. Nos dias que correm, não é difícil para quem circula em algumas áreas das cidades e arredores deparar-se com uma enorme quantidade de figuras verbais e não verbais, de formas mais ou menos elaboradas, feitas ilegalmente(ou legalmente) com tinta spray em locais públicos ou privados, como paredes, muros, junto às vias de circulação, enfim, um pouco por toda a parte, o graffiti é algo que podemos observar cotidianamente nas áreas urbanas e semi urbanas. As práticas do graffiti, assim como o rap e o break-dance, são dimensões características da cultura Hip Hop. Um movimento apolítico que proclamava a anti-violência e o anti-racismo, e que assentava em princípios como o respeito pelo próximo e pela diferença, a solidariedade, a tolerância e a criatividade. No entanto, o graffiti é considerado pela generalidade das pessoas uma prática vândala, destrutiva e ofensiva, às normas e regras da sociedade, que visa desafiar a autoridade, perpetrada por jovens delinquentes e marginais. De fato trata-se de uma atividade que, sendo proibida por lei, não se compadece com as normas socialmente vigentes. O graffiteiro Luther nos concedeu algumas palavras sobre a sua arte.
"Bem, o graffiti que eu faço, basicamente chama-se throw up (ou mais conhecido com bomber). É um graffiti que geralmente é feito rapidamente, só para escrever o nome de quem o fez. Mas o meu, junto o nome com uma ideia de reflexão (tipo filosofia, protestos para deixar o povo consciente, frases de provocação contra o sistema capitalista, a polícia preconceituosa e corrupta). É um tipo de graffiti que visa chamar a atenção da sociedade em geral, pois tem o segmento de ser colocado em lugares de muito movimento, com a meta de passar a ideia em geral."
Graffitis de Luther pela cidade do Recife:
"Salve, salve, família."
"Fazemos histótia na faculdade da rua."
"O que é pior: o medo ou a incerteza?"
"Minha estranha loucura é tentar te entender e não ser entendido."
terça-feira, 18 de maio de 2010
Necessidade de expressão
Postado por D'RUA às 12:25
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